Dicas gerais de Maternidade
Dica 1: Qual é a melhor forma de explicar
para o meu filho que eu posso fazer/ falar determinadas coisas que ele não
pode?
Esta
situação é bem delicada, porem muito interessante, pois é como se os pais
falassem: faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.
É
fundamental que a mãe (agora falando da mãe, mas se aplica ao pai também)
observe muito bem o que fala, o que faz e a maneira que se comporta na frente
dos filhos, pois ela é o exemplo para o filho. O filho sempre segue o exemplo que vem dos pais.
Quando o
caso não corresponde ao mal exemplo, é importante que a mãe aja de forma bem
natural e simples. Explicar ao filho que tem coisas que ele somente vai poder
fazer ou participar, por exemplo, quando tiver mais idade, ou na idade da
mamãe. Falar que quando tinha a mesma idade do filho, ela (mãe) também aprendeu
assim com a mãe dela.
Nunca se
deve mentir, enganar o filho. Sempre agir com naturalidade explicando de forma
bem simples e verdadeira aquilo que a criança (ou não) tem maturidade para
entender.
Gosto
muito de ensinar as crianças sobre uma lei da natureza: a lei da origem. Falar
sobre coisas que são na origem dos pais, é uma boa forma de ensinar aos filhos
que tem coisas que somente os pais podem fazer.
A natureza
tem muitos exemplos que auxiliam a compreensão das crianças e que facilitam
para os pais certas explicações.
Dica 2: Minha chefe está grávida e
mal-humorada. Como lidar com isso sem desgastar nossa relação?
A
gravidez pode alterar o humor da mulher, deixá-la mais irritada, sem paciência
e bastante sensível, etc. É claro
que sabemos que a gravidez não é doença, porém, estas alterações existem. Penso,
que neste caso, compete a equipe ou as pessoas mais próximas nesta relação de
trabalho, a compreenção desta condição, buscando ter um comportamento oposto,
mesmo que seja um desafio.
Ter
paciência de explicar várias vezes a mesma coisa e buscar ter tolerância contra
este mal humor, não dar tanta importância às possíveis irritações. A gravidez
passa e com ela o mal humor irá embora e a boa relação profissional será
preservada.
Dica 3: Acompanhar
o meu filho por uma câmera enquanto estou trabalhando é apego excessivo?
Hoje está
muito comum os pais terem acesso aos filhos através deste sistema. Como sempre,
tudo tem os dois lados. Desta forma, ao mesmo tempo é bom e ajuda que a escola
mantenha um comportamento exemplar, como também acaba por estimular um apego
que com o tempo se torna excessivo.
É bom que
a mãe acompanhe a rotina do filho na escolar, porém, é necessário observar o
equilíbrio para que não se torne um comportamento obsessive. Acredito que o bom
senso é importante neste caso. A mãe necessita compreender que seu filho
precisa ter sua própria rotina e, que ele se encontra sob a responsabilidade da
escola, enquanto a ela, a mãe, está trabalhando. É uma questão de confiar na
escola que ela mesma escolheu para cuidar de seu filho e, ter a consciência de
que é muito importante para ambos este espaço, este tempo em que o filho passa
na escola.
Dica 4: Como estabelecer uma rotina para o
meu filho? Sinto-me
aprisionada.
Bem, para
estabelecer uma rotina para o filho, a mãe deverá saber claramente seus focos
para cada dia da semana. Isto significa
que o planejamento da rotina deverá acomodar tanto as necessidades do filho,
quanto as das mãe.
O
problema é que muitas vezes a mãe acaba por estabelecer uma rotina se colocando
do lado, não levando em consideração suas necessidades. Não abre espaço para si
mesma, para fazer coisas que são importantes, mesmo que sejam as pequenas
coisas, como por ex. fazer a unha, o cabelo, uma massagem, comprar coisas, até
as mais exigentes, como estudar, fazer um workshop, por exemplo.
A mãe
geralmente está acostumada a fazer tudo para os filhos e muito pouco para si
mesma. É do trabalho para casa e da casa para o trabalho. As donas de casa também entram nisto. Descansar nem
pensar!
Portanto,
filho não é sinônimo de aprisionamento! Está na hora de se libertar do peso e
da autoculpa do abandono dos filhos.
Dica 5: Meu marido perdeu a paciência com
nosso filho. Como devo agir?
Trouxe
este tema, pois vira mexe me perguntam em entrevistas e quis compartilhar minha
visão de como ajudar neste caso.
É sempre
muito importante neste caso não ir contra o marido. Quando o pai esta chamando
a atenção do filho a mãe não deve se colocar contrária a postura do pai e
quando é a mãe também. Isto é importantíssimo para a educação e equilíbrio
emocional e psicológico do filho, pois assim, não ficará dividida entre o pai e
a mãe. Quando o casal se comporta desta forma, transmite a mensagem de que são
unidos e que o filho naquele momento precisa ouvir o que o pai ou a mãe está
querendo lhe orientar.
Quando
existe diferença de opinião o casal deverá conversar distante do filho para que
se tenha maior liberdade. Isto jamais deverá ser conversado na presença do
filho. Uma criança que é educada desta forma não irá desenvolver o
comportamento de manipular o pai ou a mãe para obter o que quer, pois sabe que
a mãe e o pai são unidos. É uma questão de um não tirar a autoridade do outro
para o bem de todos.
Bem, como
a situação já ocorreu. Então, é muito importante que a esposa converse com o
marido sobre o ocorrido, se ele poderia ter reagido de forma diferente, ter
tido mais paciência, ter pedido sua ajuda, ou até mesmo conversarem sobre o
porquê ele reagiu daquela forma ou o que o teria levado a isto. Nesse caso, não
esta esclarecido a razão dele ter agido sem paciência com o filho ou até mesmo
o que significa “sem paciência”: houve agressão física? Um castigo mais severo?
Uma pressão emocional?
Em
relação ao filho, é importante que a mãe converse sobre o ocorrido com ele e
procure esclarecê-lo de forma a não tirar a autoridade do pai. É muito bom
também, que o próprio pai chame o filho para uma conversa sobre o assunto.
Geralmente, costuma dar bons resultados e é o caminho para a construção de uma
boa relação que irá perdurar para futuro como exemplo de união.
Dica 6: Como devemos lidar com os inúmeros
conselhos que não pedimos, isto é, com pessoas que se metem na vida das mamães?
É muito
comum as mães, principalmente as de primeira viagem, receberem conselhos sem se
quer terem pedido. É uma necessidade das pessoas participarem de forma
inadequada deste momento. Todo mundo quer ser importante e íntimo nesta hora e
acaba por perturbar a paz e o direito da mãe vivenciar o momento mais especial
de sua vida.
Isto traz
muitos problemas principalmente para a coitada da mãe que esperou e se preparou
toda a gestação para cuidar de seu filho com total condição. A maternidade é
natural, o maternar é natural e a relação da mãe com o bebê precisa acontecer
de forma natural, pois é o momento dos dois se entenderem e se conhecerem.
Penso que
para os conselhos não pedidos não deve ser dada tanta atenção e valor. É
importante que a mãe se prepare também para estas ocasiões, para assim, poder
se relacionar com isto de forma que não estrague seu momento tão especial, sua
relação com o bebê e com seu companheiro.
É muito
importante que a mãe consiga orientar seu companheiro para agir a seu favor lhe
protegendo das situações delicadas e desagradáveis desta interferência. Alguém
precisa fazer o papel de “guardião” nestas horas.
A mãe
deve ouvir e deixar passar, não reter, não se irritar, não ficar falando sobre
isto com amigas, familiares e com o próprio companheiro, que nesta hora procura
se afastar para não se aborrecer.
Seja qual
for a situação invasiva, a mãe deve sempre se lembrar que o filho é dela e que
pessoas são pessoas, não são tão importantes assim. Elas vão embora e o bebê
fica somente para ela. Um bom conselho é deixar as pessoas falarem e depois
fazer aquilo que ela, a mãe acha ser importante para seu filho.
Dica 7: Por que as mães têm dificuldades para
sair e brincar com os filhos?
Hoje a
maioria das mulheres que são mães trabalham, estudam, cuidam da casa e ainda
monitoram os filhos e suas necessidades. Assim, é possível de se imaginar o
quanto estas mulheres correm para darem conta de tudo e ainda se preocupam em
educar, acompanhar os filhos nas lições, na escola, nos cursos fora da escola
etc. Para cada faixa etária um conjunto de necessidades e para este conjunto de
necessidades apenas uma mãe. Imagine uma mãe com dois ou mais filhos, o quanto
ela se multiplica para atender todas estas necessidades.
Penso que
a falta de motivação começa aí, principalmente porque ela também tem pouco
tempo para dar conta de suas necessidades. Assim, as mães acabam por caírem na
rotina e no que é mais prático, ou seja, aquilo que está mais próximo, mais
prático e que simplifique suas vidas. Muitas vezes isto acaba limitando uma
ampla possibilidade de lazer variado a simplesmente ir ao shopping e deixar as
crianças brincarem nos centros de diversões.
Outro
ponto muito importante é que uma grande parte das mulheres hoje é sozinha ou
por ser solteira, separada ou por não poder contar com o parceiro por diversas
razões. Desta forma, além dela já estar esgotada pelo trabalho da semana, ainda
pensa que ela está sozinha e o quanto tudo vai depender única e exclusivamente
dela, desde a organização do passeio até a logística dele.
Porém, a
realidade cada vez mais crescente é que a mulher se sente desmotivada, sozinha
e cansada para enfrentar um dia de lazer saudável com seus filhos.
Penso
também, que esta desmotivação vem de conteúdos emocionais, pois muitas se
sentem culpadas por seus filhos não estarem juntos aos pais e conviverem
naturalmente com outras crianças que vão aos lugares acompanhadas dos mesmos. A
comparação e as perguntas que muitas vezes as crianças inocentemente fazem
também se apresentam como desafios para uma mãe insegura emocionalmente. As
mulheres precisam de fato assumirem suas vidas e conviverem com seus filhos de
forma sadia, alegre e amorosa.
O fato de
não estar acompanhada de um homem não significa ter um problema que a impeça de
ir a um passeio na natureza e aproveitar este momento para fortalecer o amor e
a união com seus filhos.
Alguns
pontos importantes:
1 – Sair
para um passeio na natureza é muito mais saudável, pois o contato com a
natureza propicia um relaxamento do corpo e da mente e revigora as energias.
2 – As
crianças se beneficiam muito disto e também retornam bem mais calmas.
3 –
Procure envolver as crianças na organização das roupas, alimentos e objetos
para o passeio. Só isto já é uma forma de produzir alegria e descontração para
o passeio.
4 –
Convide alguns amigos mais próximos para irem juntos. Ë muito positivo o
passeio em grupo, adultos e crianças.
5 – De
força a si mesma observando um pouco como seus filhos se alegram quando há a
oportunidade de passeios diferentes.
6 –
Busque pesquisar passeios que também existam o suporte de pessoas capacitadas.
Isto irá te dar tempo para fazer algo que você queira.
7 –
Ensine a seus filhos o valor da natureza e o quanto é possível cuidar dela.
8 – Se
integre as atividades e a natureza e sinta o quanto é possível ser sozinha (sem
companheiro) mas feliz.
9- Ser feliz é uma escolha!