geralmente tinha um jeito próprio de fazer carinho na barriga, falava palavras doces para acalmar o bebê
Isso faz muita diferença na hora do parto, principalmente porque quando a mãe desenvolve uma conexão mais profunda e consciente com o bebê ela também pode preparar o bebê para o parto. Sendo assim, mãe e bebê desenvolvem uma sintonia e uma sincronicidade que auxiliam na hora do nascimento. A mulher quando faz um trabalho mais profundo consigo mesma e se prepara para o momento do parto, também prepara o bebê para entrar em alinhamento ao seu corpo e assim ambos trabalharem em sincronicidade para o nascimento. Isto é a diferença que produz fluência para o parto.
Estudos comprovam que bebês que ficaram mais expostos a uma conexão mais profunda com a mãe durante a gestação possuem maior resistência física a doenças no primeiro ano de vida. São crianças mais calmas e respondem melhor aos estímulos maternos.
Também, respondem melhor às orientações maternas, principalmente as que recebiam quando estavam no período intrauterino (ex. quando a mãe acalmava o bebê que estava muito agitado, se mexendo muito dentro do ventre, geralmente tinha um jeito próprio de fazer carinho na barriga, falava palavras doces para acalmar o bebê, etc; após o nascimento, se a criança estiver agitada e a mãe acariciá-la e falar do mesmo jeito, o bebê irá reconhecer e com certeza irá se acalmar como fazia quando no útero.) Isto acontece por conta da memória do período intrauterino.
Durante a gestação, o bebê participa intensamente da vida materna. Se encontra profundamente conectado e por isto sente intensamente tudo que está acontecendo no universo materno. As emoções positivas (amor, bem querer, alegria, docilidade, felicidade com a própria gravidez e bebê, etc.), produzem um efeito altamente positivo de bem-estar e acolhimento para o bebê. Quando as emoções são negativas (raiva, nervosismo, tristeza, mágoa, não aceitação da gravidez e bebê, excesso de preocupações, etc.) o efeito é altamente ruim, onde o bebê sente agitação, mal-estar, rejeição, dentre outros.
Logo que o bebê nasce, reconhece a mãe por todos os sentidos, mas o cheiro e a voz são muito fortes para o bebê. O bebê reconhece a mãe por inteira, afinal ele passou nove meses num relacionamento muito íntimo com ela. É natural que logo após o nascimento ele a reconheça. O bebê escuta fisicamente o som da voz materna através do próprio ambiente uterino, como se fosse um eco. Se a mãe (é comprovado que o bebê escuta melhor a voz materna e sons que vem do externo no terceiro trimestre) cantar uma mesma música para o bebê durante a gestação, após o nascimento quando ela cantar para ele novamente o bebê irá reconhecê-la.
Por isso o bebê ao nascer já vem com alguns registros de memória do período intrauterino, por isto ele tem capacidade de reconhecer alguns sons que por repetição acabou gerando uma memória. Para reforçar o vínculo com o bebê ainda dentro da barriga em cada etapa da gestação, costumo ensinar as mães a entrarem num estado de relaxamento onde possam entrar em contato mais pleno com o bebê. Isto pode ser praticado todos os dias, ao deitar à noite, ao acordar, não existe um horário que seja mais específico.
Nestes momentos é importante que a mãe se desligue do ambiente externo, das preocupações e ponha toda sua atenção no ventre e no bebê. Acariciar a barriga é uma forma bem natural de sentir o bebê e perceber como está seu desenvolvimento. Como ele se move se para um lado ou outro; como ele muda de posição de dia ou de noite ou a cada período da gestação; perceber seu tamanho; perceber o bebê em todos os sentidos no dia-a-dia. Fazer este contato ouvindo uma música para relaxamento, bem tranquila ou até mesmo músicas especiais para este momento que se encontram a venda. Ambiente calmo, na penumbra numa posição bem confortável.
Tudo que for feito durante a gestação precisa ser cuidadosamente observado. Sobre massagens na barriga, um bom profissional especializado em massagens para gestantes sabe qual é o movimento que deve ou não ser aplicado na gestante. A massagem na barriga não é perigosa quando feita desta forma, com profissionalismo e conhecimento. A massagem na barriga é muito relaxante e deve ser feita com amorosidade como se fosse um carinho. Neste momento o bebê também sente a massagem, portanto sente a mão de quem está tocando seu espaço sagrado.
Por fim o vínculo do pai com o bebê ainda dentro da barriga, este elo também deve ser praticado com consistência no dia-a-dia da gestação. O bebê sente a presença do pai através destes momentos: do toque de sua mão na barriga; do amor que é passado neste momento; da voz pronunciada bem próximo do ventre e acima de tudo da presença emocional, sentimental do pai através das emoções positivas que a mãe transmite ao bebê provindas do contato com o pai. A mãe sempre é o canal, o meio pelo qual o bebê se relaciona com as pessoas e o mundo externo. O pai sempre será reconhecido pelo bebê a partir da conexão pai-bebê através da mãe; portanto é importante que o pai também construa um elo que possa gerar memórias positivas que levem o bebê a reconhecê-lo logo após o nascimento.
As pessoas mais próximas também podem estabelecer conexão com o bebê da mesma forma. O importante é o sentimento que é transmitido para o bebê e a frequência que a pessoa faz esta transmissão a ponto de gerar uma memória intrauterina.
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